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O ALUMÍNIO E A NOVA ORDEM ECONÔMICA BRASILEIRA


Quem apostar contra, vai perder muito!

A Embora tenhamos tentado agrupar os nichos por categoria de consumo, a demanda prometida para os próximos cinco anos deverá estabelecer um novo paradigma no conceito de classificação de market share.
Uma vertente que parece muito clara está intimamente relacionada com o porte, capacidade e a magnitude dos empreendimentos, sobretudo os de infraestrutura, densamente alavancadas pelos governos estaduais e federal. 
Estas obras irão necessitar de soluções para problemas que ainda não se conhece, e o alumínio extrudado seguramente ocupará papel importante nas alternativas para compor as melhores soluções das demandas que estão por vir. Estamos falando de construções monumentais e obras gigantescas, como refinarias de petróleo, usinas hidrelétrica, portos marítimos, milhares de quilômetros de pavimentação rodoviária, vias férreas, aeroportos, mega ginásios esportivos e centros de convenções, expansão das linhas metroviárias, estações de passageiros, implantação do trem-bala, vilas olímpicas inteiras, milhares de metros quadrados em galpões e silos industriais, milhares de escritórios comerciais, cerca de 5000 prédios comerciais e algo em torno de 13 milhões de novas habitações.       
Os números são impressionantes e os valores praticamente impossíveis de serem planilhados. Mas em uma primeira avaliação, segundo a CNI Confederação Nacional das Indústrias, os investimentos para os próximos cinco anos deverão chegar á R$ 800 bilhões, dos quais R$ 250 bilhões a serem empenhados pelo poder público e cerca de R$ 550 bilhões vindos da iniciativa privada.
Estas cifras irão provocar um movimento colossal na economia e deverá alcançar rapidamente todos os segmentos da indústria nacional, com amplo reflexo no comércio varejista e impactando vantajosamente o setor de serviços. Há uma forte presunção que o setor de bens de consumo e o de bens de serviço sejam fortemente impulsionados.
Além da já iniciada revolução no setor da construção civil (impactada por uma breve pausa (entre 2014 e 2018) o setor industrial se renova, campo fértil para novas aplicações de perfis extrudados de alumínio.
Antes de diluirmos os números acima, precisamos considerar valores de grandeza esperados para os próximos cinco anos. Admitindo uma expextativa “modesta” de crescimento projetada pela indústria, na ordem de 7,5 % ao ano (a partir de 2019), estaríamos com um consumo anual próximo de 500 toneladas de perfis extrudados de alumínio, dando conta de um crescimento de 47 % até 2025 (em comparação com os atuais 340 ton./ano).
O balizamento dos preços internacionais e a estabilidade da LME (London Metal Exchange) que andou nervosa nos recentes quatro anos passados, acalmada também por uma cotação mais mansa do Dólar, deverão compensar as barreiras alfandegárias (daqui pra lá e de lá pra cá), portanto o horizontes favoráveis já podem ser projetados no plano das expectativas. 
Admitindo a provável hipótese da prosperidade destes investimentos, é provável ainda que outros países da América do Sul sejam beneficiados ou consigam tirar proveito desse momento inédito da economia brasileira.
E, em relação à questão pontual dos perfis , abre-se um universo absolutamente vasto de oportunidades, onde, deverão prevalecer as empresas que possam atender os volumes de acordo com a ordem de grandeza dos negócios em questão.

COPORTUNIDADES DO MERCADO                 

O Brasil consome, hoje, 340 mil toneladas de produtos extrudados de alumínio, cerca de vinte vezes maior que as 16,8 mil toneladas que eram consumidas em 1970, década em que o setor fez seu primeiro balanço oficial. Nos últimos 40 anos, o consumo interno de extrudados cresceu a uma taxa média de 8% ao ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de apenas 4,5% ao ano (excluindo o crescimento menor neste século XXI).
Neste cenário apesar de expressivos os resultados do setor ainda podem ser muito melhores. De acordo com dados existentes, o consumo per capita de produtos extrudados de alumínio no Brasil é de apenas 1,6 kg/hab/ano, muito distante da média de países desenvolvidos, como os Estados Unidos (9,8 kg/hab/ano) e o Japão (12,4 kg/hab/ano). Uma situação que pode ser revertida, promovendo-se três questões fundamentais: A desoneração da cadeia produtiva, convergindo para uma isonomia competitiva; O desenvolvimento do mercado por meio de uma ampla divulgação dos produtos de alumínio e; Investimento em capacitação tecnológica, em inovação e qualidade dos produtos e, em recursos humanos.
Esta boa reputação tem se mostrado consistente ao longo dos anos, em setores onde o alumínio apresenta crescimento vegetativo em função da substituição e ocupação do espaço de outros materiais, como no caso da madeira (móveis, esquadrias, estruturas, etc.), substituição do plástico sobremodo na indústria de artefatos domésticos e na indústria automobilística e a incrível superação em relação ao principal rival, o aço.
Além disso, a região tropical, a longa costa oceânica e a concentração demográfica numa faixa média há 300 km do litoral (incluindo cerca de 80% da população, as maiores cidades, melhor renda per capta, maior nível de desenvolvimento social e econômico) coloca o Brasil a uma posição de país com natural vocação para o consumo do alumínio, especialmente produtos feitos com perfis extrudados. Afora as já tão decantadas vantagens dos perfis extrudados de alumínio, podemos considerar que sua aplicação é praticamente uma obrigatoriedade sob o ponto de vista técnico.
Não sabemos como o mundo irá classificar a aplicação dos perfis de alumínio nos próximos anos, mas podemos fazer uma breve simulação do que, está desenhado para acontecer, em prevalecendo as circunstâncias atuais.
A primeira grande tarefa, é conhecer bem esses grupos de consumo, os quais devemos respeitar e entender um pouco mais sobre cada um deles e sua importância no cenário da nova economia brasileira. Às indústrias e às empresas ligadas ao setor de alumínio extrudado fica o alerta para que estejam preparadas para as oportunidades que se vislumbram, e de onde se levantarão cerca de 1 milhão de novos postos de trabalho.

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